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Bolsonaro não respondeu perguntas da PF sobre suposto plano de golpe de Estado
De acordo com sua defesa, o único motivo para o ex-presidente permanecer em silêncio é o fato de estar respondendo a uma investigação semi-secreta

Nesta quinta-feira (22), durante seu depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro optou por permanecer em silêncio, conforme havia sido antecipado pela sua defesa. Sua presença na sede da PF durou menos de meia hora.
Segundo o advogado Paulo Bueno, o silêncio não foi "simplesmente pelo uso do exercício constitucional", mas uma estratégia baseada no fato de que "a defesa não teve o a todos os elementos que estão sendo imputados ao ex-presidente em determinados delitos". Conforme Bueno, "o único motivo é o fato de ele responder a uma investigação semi-secreta".
Ainda segundo o advogado, "a forma de o aos documentos, especialmente as declarações do tenente-coronel Mauro Cid e as mídias eletrônicas obtidas dos celulares de terceiros e computadores, impedem que a defesa tenha mínimo conhecimento de quais elementos o presidente é hoje convocado a esse depoimento".
Também advogado do ex-presidente, Fábio Wajngarten disse que "Bolsonaro nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista. Sobre os demais elementos que constam da investigação, a defesa só vai se manifestar quando tiver o a eles".
Depoimentos ocorreram simultaneamente nesta quinta
Ao todo, 23 pessoas foram intimadas pela Polícia Federal a depor no âmbito da Operação Tempus Veritatis. Entre eles está Jair Bolsonaro e quatro oficiais-generais de quatro estrelas.
- Jair Bolsonaro;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Marcelo Costa Câmara, ex-assessor;
- Mário Fernandes, ex-titular da Secretaria-Geral da Presidência;
- Tércio Arnaldo;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Cleverson Ney Magalhães;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil;
- Bernardo Romão Correia Neto;
- Ronaldo Ferreira de Araújo Junior;
- Hélio Ferreira Lima;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
- Ailton Gonçalves Moraes de Barros;
- Rafael Martins Oliveira.
- Amauri Feres Saad;
- José Eduardo de Oliveira.
- Filipe Garcia Martins.
- Éder Balbino.
- Laércio Virgílio.
- Ângelo Martins Denicoli
Entenda a operação
Os depoimentos fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas. Segundo as investigações, Bolsonaro e seus aliados se articularam para promover um golpe de Estado e mantê-lo no poder, visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um vídeo contendo a gravação de uma reunião foi descoberto em um dos computadores de Mauro Cid. Nesse vídeo, Bolsonaro é visto instruindo seus ministros sobre a necessidade de agir antes das eleições para evitar que o Brasil se torne "uma grande guerrilha" e "uma fogueira".