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Capitão da Marinha é alvo de buscas da PF em operação sobre atos de 8 de janeiro
Vilmar José Fortuna já havia sido exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa, após imagens da participação dele nos atos criminosos virem a público

Policiais federais cumprimaram, nesta sexta-feira (17), mandado de busca e apreensão na casa do capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna, durante a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O próprio oficial da reserva da Marinha fez imagens em frente ao Congresso Nacional invadido. Em uma delas, ele posa, com uma camisa do Flamengo, ao lado de uma mulher. Ambos sorriem, enquanto, ao fundo, bolsonaristas tomam a rampa e toda a marquise do Congresso.
Vilmar José Fortuna já havia sido exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa, após imagens da participação dele nos atos criminosos virem a público.
Ele trabalhava como assessor da pasta desde 2013, desginado a uma “tarefa por tempo certo”, modalidade definida pelas Forças Armadas para contratar servidores da reserva ou reformados como auxiliares no Poder Executivo.
Nesse tipo de cargo, a lotação é no Ministério da Defesa, mas cabe à Marinha a eventual dispensa da função, como ocorreu com o capitão-de-mar-e-guerra.
Militares e mulher que pichou "perdeu, mané" na estátua da Justiça é alvo
Agentes da PF foram às ruas na manhã desta sexta munidos de 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva no Distrito Federal e em novos estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os mandados de prisão são contra pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os alvos da PF estão militares da ativa e da reserva, além de civis, como a mulher que aparece em fotos e vídeos pichando a frase "perdeu, mané" na estátua que simboliza a Justiça em frente ao prédio do STF.
Também são alvos o invasor do STF que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, e o homem que levou a bola autografada pelo atacante da seleção brasileira Neymar da Câmara dos Deputados.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz nota da PF.
PGR denuncia mais 100 pessoas por atos do dia 8
Nesta quinta-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 100 pessoas acusadas de participação nos ataques criminosos de 8 de janeiro.
Eles vão responder, em liberdade, pelos crimes de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
Até o momento, a PGR já denunciou 1.037 pessoas por envolvimento nos atos que destruíram e depredaram prédios dos três Poderes. As denúncias estão sendo elaboradas pelo “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos” criado no âmbito do Ministério Público.
As petições estão sendo apresentadas em grupo, de acordo com o tipo de envolvimento, e individualizadas pela conduta e responsabilização de cada investigado.
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