BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez um movimento regimental para acelerar a análise de um dos textos do pacote de corte de gastos articulado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Trata-se da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe o o ao abono salarial.
Lira apensou a PEC, proposta neste mês de dezembro, a uma outra que foi protocolada em 2007 e está com análise mais avançada. Dessa forma, ele juntou os dois textos, para que sejam votados em conjunto.
O movimento foi feito por Lira como uma alternativa para destravar a votação. Isso porque uma PEC tem uma tramitação mais demorada, precisando de análise, por exemplo, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com a junção ao texto de 2007, a intenção é que o tema seja votado diretamente no plenário.
Além da PEC, o pacote contra um projeto de lei e um projeto de lei complementar, que podem ter análise mais simples. Se aprovadas, as três propostas podem gerar uma economia de R$ 327 bilhões no caixa do governo até 2030.
A expectativa é que o tema seja votado pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (18). Depois, deve seguir para o Senado. O esforço - especialmente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - é encerrar o assunto ainda nesta semana, antes do recesso parlamentar que começa em 23 de dezembro.
A PEC prevê a restrição gradual do o ao abono salarial, pago aos trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos. Se houver a mudança, o abono deve ficar assim:
O texto também define em R$ 44 mil o teto do funcionalismo público, veda deduções não previstas em lei para comprovação de renda para o ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e permite ao poder Executivo limitar subsídios e benefícios financeiros durante a execução do Orçamento.