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Líder do PT chama de 'inaceitável' indicação de Eduardo Bolsonaro para comissão: 'Vamos resistir'
Eduardo Bolsonaro deve ser indicado oficialmente nos próximos dias para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara
BRASÍLIA - A bancada do PT voltou a atacar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Nesta segunda-feira (10), o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), classificou como “inaceitável” a escolha, que é dada como certa, que informou que haverá resistência.
“Eduardo Bolsonaro não pode ser presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. Ele já tem utilizado seu mandato parlamentar para conspirar junto à extrema direita e ao governo de Donald Trump [nos Estados Unidos] contra o Brasil”, declarou no X.
Lindbergh completou: “É INACEITÁVEL que ele utilize o parlamento brasileiro para continuar com sua campanha atentatória contra a Justiça brasileira e os interesses nacionais. Nós vamos resistir de todas as formas contra a sua indicação. O que ele tem feito é crime de lesa-pátria, é traição!”.
As indicações partidárias para os comandos das comissões permanentes da Câmara devem acontecer ainda nesta semana e a de Eduardo para a de Relações Exteriores já é dada como certa por seu partido, o PL. O PT já tentou barrar a negociação e, em outro momento, chegou a reconhecer a possível derrota nessa articulação.
A principal queixa de integrantes do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a relação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a grupos políticos estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos.
Em janeiro, Eduardo foi à posse do presidente dos EUA, Donald Trump, a quem afirma ter proximidade e tenta conseguir apoio. Depois, viajou ao país norte-americano pelo menos mais duas vezes.
Em fevereiro, o PT acionou o Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo. Na representação, o partido acusa o deputado de articular nos EUA para constranger o Supremo Tribunal Federal (STF) e embaraçar as investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes sobre suposta tentativa de golpe de Estado com a participação de Bolsonaro.