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Senado expõe a primeira obra vandalizada em 8 de janeiro e que foi restaurada
O quadro “Trigal na Serra, de Guido Mondin, retornou à Sala de Recepção da Presidência da Casa. Após os ataques, a tela, pintada em 1967, foi encontrada no chão, separada da moldura

O Senado voltou a expor na segunda-feira (30) a primeira de 14 obras de arte danificadas durante a invasão de criminosos que depredaram as dependências do Congresso Nacional em 8 de janeiro.
O quadro “Trigal na Serra”, de Guido Mondin, retornou à Sala de Recepção da Presidência da Casa. A peça em acrílico sobre eucatex mede 92 por 112 centímetros.
Após os ataques, a tela, pintada em 1967, foi encontrada no chão, separada da moldura. Fragmentos de vidros quebrados durante a invasão e outros estilhaços provocaram arranhões e perda de policromia. A obra estava encharcada e empenada pela umidade, depois que os vândalos acionaram mangueiras e hidrantes de combate a incêndio.
A obra foi recuperada pelo Laboratório de Restauração do Senado. O trabalho de higienização começou logo após os ataques, ainda na Presidência da Casa.
Ainda não há um cronograma definido para a restauração e a entrega de todas as obras danificadas. O custo total dos reparos pode chegar a R$ 1 milhão.
Quem foi Guido Mondin
Guido Fernando Mondin nasceu em Porto Alegre (RS), em 1912. Foi pintor, economista, empresário, professor e político. Na vida pública, exerceu cargos de senador por dois mandatos (1959 a 1975), deputado estadual e federal, vice-prefeito de Caxias do Sul (RS) e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Mondin morreu em 2000, aos 88 anos.
O pintor doou vários de seus quadros ao Senado. Além de “Trigal na Serra”, compõem o acervo da Casa as seguintes obras: “Família de Retirantes”, “Frei Franciscano”, “Panorama Mineiro”, “Barcos”, “Marina em Capri”, “Figueira”, “Retrato do Dr. Isaac Brown”, “Os Arcos do Rio de Janeiro” e “Velha Roma”.
Guido Mondin produziu mais de 4 mil telas. Há obras dele expostas no Palácio do Planalto, na Casa Branca (Estados Unidos) e em países europeus. O pintor costumava retratar cenas do cotidiano do povo gaúcho, além de batalhas e heróis da Revolução Farroupilha. No entanto, as telas religiosas são as mais reconhecidas. É o caso de “Via Sacra”, doada à Igreja Matriz de Otávio Rocha (RS). Mondin foi fundador da Associação Rio-Grandense de Artes Plásticas e membro da Academia Brasileira de Belas Artes. (Com Agência Senado)
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