BRASÍLIA – A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (17) inclui 11 reuniões com chefes de Estado que já chegaram ao Brasil para a Cúpula do G20, que ocorrerá entre segunda-feira (18) e terça-feira (19), no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio de Janeiro. O petista também terá outros encontros bilaterais programados durante o evento oficial.
Acompanhado pelo assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente Lula seguiu, na manhã deste domingo, para a praça Mauá, no centro do Rio, para participar da sessão de abertura do Urban 20 - que reúne cidades dos países membros do G20.
Depois do evento, o presidente irá para o Forte de Copacabana, onde foi montada uma estrutura para as reuniões bilaterais. A primeira será às 10h30, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Estão previstos encontros com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Veja a lista completa abaixo.
Um dos encontros mais aguardados é com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na terça-feira. Este será um dos últimos compromissos internacionais de Biden antes de deixar a presidência, em janeiro de 2025, quando Donald Trump assumirá o cargo. Durante a reunião, devem falar sobre as eleições americanas e o projeto de coalizão pelo direito dos trabalhadores, lançado em 2023.
Compõem o G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, e a União Europeia e a União Africana. O grupo representa dois terços da população mundial, aproximadamente 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
O presidente Lula irá receber, no Palácio da Alvorada, o presidente da China, Xi Jinping, no dia 20 de novembro. A agenda acontecerá um dia após a conclusão do encontro do G20. Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. No ano ado, as exportações brasileiras para o país asiático somaram US$ 87,57 bilhões.
Por isso, preocupa o governo brasileiro a vitória de Donald Trump nas eleições para a presidência dos Estados Unidos. O candidato republicano promete tomar medidas duras para conter a economia chinesa, como um aumento da tarifa de importação para produtos do país asiático, o que também poderia afetar o comércio do Brasil com a China.