BRASÍLIA — O ministro Paulo Teixeira saiu em defesa da primeira-dama Janja Lula da Silva, neste domingo (17), em meio à onda de críticas após ela xingar o bilionário Elon Musk — futuro integrante do Governo Trump. O ataque ocorreu nesse sábado (16) durante um da Cúpula do G20 Social, no Rio de Janeiro.
"A verdade é que a Janja falou o que estava preso nas nossas gargantas", declarou o ministro. "Esse é o sentimento sobre Elon Musk e sua interferência negativa na política internacional", acrescentou em publicação nas redes sociais.
Paulo Teixeira é o primeiro — e até agora o único — ministro de Lula a manifestar apoio à declaração da primeira-dama contra o bilionário. Petistas do núcleo duro do presidente, que costumam ser ativos nas redes sociais, também evitaram reagir à agressão de Janja.
O próprio presidente, durante o Aliança Global Festival, nesse sábado, afirmou que não era necessário 'ofender' ou 'xingar' — sem mencionar explicitamente o episódio com a primeira-dama. "Queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém. Não temos que xingar ninguém. Nós precisamos apenas indignar a sociedade", disse durante declaração sobre a fome no mundo.
A primeira-dama discursava sobre desinformação e regulamentação das plataformas digitais quando xingou o proprietário do X e da Starlink. "Acho que é o Elon Musk", brincou após uma interferência em sua fala. "Eu não tenho medo de você. Inclusive, 'fuck you', Elon Musk!", completou.
A declaração repercutiu imediatamente entre os parlamentares de oposição, e o bilionário, que é bastante ativo nas redes sociais, compartilhou uma publicação do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) com a gravação de Janja. Musk comentou: "Eles vão perder a próxima eleição".
Um dos principais militantes da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Elon Musk será premiado com o Departamento de Eficiência Governamental neste segundo mandato de Trump.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também se manifestou sobre a declaração de Janja. "Já temos mais um problema diplomático", publicou no X.