-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Moraes mantém prisão de Braga Netto e 'perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado'
-
Pensão à filha de jovem morta em abordagem da PM leva AGE à ALMG
-
Deputado chama Lula de ‘ladrão’ e leva bronca de Lewandowski: ‘um líder respeitado mundialmente’
-
Cid revela medo, lealdade a Bolsonaro e intenção de fugir em áudios: ‘Se Lula vencer, serei preso’
Ministro de Lula critica postura de Zema sobre projeto de renegociação da dívida dos Estados
Ministro do governo Lula engrossou as críticas ao governador mineiro, que já trocou farpas com Haddad sobre o Propag
BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, respondeu nesta terça-feira (22) às criticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em relação à lei que institui o programa de renegociação das dívidas dos Estados com a União, sancionado com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em participação no programa “Bom dia, Ministro”, da EBC, Rui Costa pontuou que Minas é um dos Estados que historicamente “sempre atrasaram ou por muitos períodos não pagaram suas dívidas” com o governo federal. Segundo ele, atendendo a um apelo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula apoiou o projeto que viabiliza o pagamento desses débitos.
“O governador veio a público reclamar, agredir, fazer ofensa por causa de um dos artigos que o presidente vetou e ele entendia que aquilo estava prejudicando o Estado de Minas Gerais. Quero esclarecer que no artigo vetado, o desejo do governador era que além de negociar as dívidas com o governo federal, o governo pagasse a dívida de Minas com bancos privados e bancos internacionais”, disse Rui Costa.
Após a sanção do projeto pelo presidente Lula, no dia 14 de janeiro, Zema foi às redes sociais dizer que o governo federal “quer que os Estados paguem a conta de sua gastança”. Ele alega que os vetos de Lula trarão um prejuízo de R$ 5 bilhões para os cofres públicos do Estado entre 2025 e 2026. A crítica é rebatida por Rui Costa.
“É como se um amigo chegasse para você: ‘tô lhe devendo um dinheiro, será que você dá um desconto aí na dívida para eu poder pagar e parcelar em muitas vezes?.’ Aí você parcela, dá um desconto, e ele diz ‘mas você não é meu amigo. Se fosse mesmo, pagaria a dívida que eu tenho com mais cinco pessoas’. O que você tem a ver com a dívida que ele tem com outras 5 pessoas? O povo brasileiro tem que pagar a dívida que ele fez com outros bancos privados e internacionais?”, contestou.
Zema também já trocou farpas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a sanção do projeto. Haddad disse que o governador mineiro “esconde a verdade” e “critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%.
O Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União (Propag) propõe alternativas para reduzir o cálculo dos juros prevendo investimentos nos próprios Estados e depósitos em um Fundo de Equalização Federativa.
Ele também ite essa redução a partir do abatimento de uma parcela da dívida - que ocorrerá graças à hipótese de transferência de bens dos Estados para a União como estratégia de amortização. No caso de Minas, poderiam ser reados ativos como a Cemig, a Copasa e a Codemig.