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Após vetos a projeto da dívida, Zema critica Lula: 'Quer que Estados paguem a conta de sua gastança'
O governador alegou que os trechos derrubados pelo presidente trarão um prejuízo de R$ 5 bilhões para Minas Gerais entre 2025 e 2026
Após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o governador Romeu Zema (Novo) subiu o tom, nesta terça-feira (14 de janeiro), contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por vetos ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados junto à União (Propag). Zema acusou o governo Lula de rear para os Estados “a conta de sua gastança”.
Sem detalhar quais, Zema alegou que os vetos de Lula trarão um prejuízo de R$ 5 bilhões para os cofres públicos do Estado de Minas Gerais entre 2025 e 2026. “Apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024”, criticou o governador, em uma rede social, cerca de dez horas após a sanção ser publicada no Diário Oficial da União.
Zema ainda apontou que os R$ 5 bilhões seriam para “sustentar privilégios e mordomias” do governo Lula. “Enquanto os Estados lutam para equilibrar as contas, o (Palácio do) Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no (Palácio do) Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?”, emendou o governador.
O governo federal quer que os estados paguem a conta de sua gastança. Com vetos ao PROPAG, @LulaOficial quer obrigar os mineiros a rear R$ 5 bi a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias
— Romeu Zema (@RomeuZema) January 14, 2025
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), também falou sobre os vetos no Propag pelas redes sociais. De acordo com ele, os trechos barrados pelo governo federal deixam os Estados "muito prejudicados". "Parabenizo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pelo esforço. Já o Governo Federal prefere se ar por bom samaritano, mas ao invés de cortar gastos joga a conta pros Estados", declarou.
O Propag foi sancionado, mas os vetos do presidente Lula deixam os Estados muito prejudicados. Parabenizo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pelo esforço. Já o Governo Federal prefere se ar por bom samaritano, mas ao invés de cortar gastos joga a conta pros Estados.
— Professor Mateus (@ProfMateusMG) January 14, 2025
Antes de Zema, Leite criticou o veto de Lula à isenção da contribuição para o Fundo de Equalização Federativa prevista para Estados em situação de calamidade pública. “Na prática, voltaríamos a rear valores à União, contrariando a suspensão da dívida pelo período de três anos, cujos valores estão sendo destinados ao Fundo do Plano Rio Grande para reconstrução”, apontou ele.
O governador do Rio Grande do Sul, que projetou perdas de R$ 5 bilhões para o Estado, ainda prometeu articular a derrubada dos vetos no Congresso Nacional. “Não vamos aceitar esse descaso com o povo gaúcho, que tanto sofreu com a calamidade, e será novamente penalizado com essa medida do governo federal”, concluiu, também em uma rede social.
Zema e Leite vieram a público após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, provocar os governadores que fazem oposição a Lula na manhã desta terça-feira. Ao rebater as críticas aos vetos, Haddad defendeu que o Propag superou os pedidos feitos por eles ao Palácio do Planalto. “Se eu fosse um governador, mesmo que da oposição, eu daria um telefonema agradecendo”, emendou ele.
Os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não se manifestaram desde a sanção do Propag. Assim como Minas e Rio Grande do Sul, os Estados do Rio de Janeiro e de Goiás estão sob o Regime de Recuperação Fiscal.