-
Ministro da Saúde de Bolsonaro e outras 9 testemunhas do general Heleno depõem ao STF nesta segunda
-
João Leite elogia fusão de PSDB e Podemos e diz que pressões da família pesaram em 2024
-
Com 7 pessoas, comitiva de Zema para El Salvador será custeada pelo Estado
-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Carlos Viana diz que busca reeleição, mas não descarta nova tentativa ao governo de Minas
Quem é Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de Lula em 2022 que assume a Comunicação do governo
Em sua primeira fala, o publicitário baiano disse que 'comunicação não pode ser analógica'

BRASÍLIA - O publicitário Sidônio Palmeira foi confirmado nesta terça-feira (7) como o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo. Em sua fala a jornalistas, nesta terça-feira, o marqueteiro afirmou que é preciso o governo melhorar na comunicação digital. Sidônio Palmeira também fez questão de destacar que o trabalho será de "continuidade" e que o grande desafio será alinhar "o governo, a gestão e a percepção popular".
"É um segundo tempo que estamos começando. Faria até uma observação. É como se fosse uma corrida de baliza, que eu já estou pegando. Tem um avanço, uma evolução que a gente vai pegar pra frente", declarou.
"Tem uma expectativa grande com o governo, tem a gestão e a percepção popular. A gente precisa alinhar essas três coisas, e esse é o desafio nosso. Que a expectativa, a gestão e a percepção popular fiquem equilibradas no mesmo ponto. A comunicação não é só na Secom, é no governo todo. Tem a política, a gestão e a comunicação, e esses três eixos são interligados e transversais. É importante também que a gestão não seja analógica, que comunique com as pessoas", continuou.
Sidônio já vinha atuando informalmente no governo e era visto com frequência no Palácio do Planalto. Ele participou da produção do pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o pacote de corte de gastos. Também produziu o vídeo em que Lula defende a autonomia do novo presidente do Banco Central e promete responsabilidade com as contas públicas.
Quem é Sidônio Palmeira
Formado em engenharia, Sidônio tem o perfil mais discreto e pragmático. Sua experiência política começou como líder estudantil na Universidade Federal da Bahia. Foi vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, entre 1981 e 1982, em chapa ligada ao PCdoB, junto com a hoje deputada federal Lídice da Mata (PSB).
Como militante, atuava na luta pela abertura política, por assistência estudantil e na oposição ao então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, também conhecido como ACM.
Ao sair da faculdade, migrou para a área comunicação. Fez a campanha política, em 1992, de Lídice da Mata, na época no PSDB, que foi então eleita a primeira mulher prefeita de Salvador.
Foi responsável por campanhas vitoriosas ao governo baiano, como a do hoje senador Jacques Wagner (PT), em 2006, e do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, como governador, em 2014. Na época, a campanha foi considerada um sucesso porque Rui Costa não era conhecido pelo eleitorado.
O publicitário fez ainda peças de publicidade para o diretório nacional do PT e atuou no segundo turno da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República, em 2018.
Empresa de comunicação já foi alvo de investigações
Em 2017, a Polícia Federal realizou busca e apreensão na agência de comunicação Leiaute, da qual Sidônio Palmeira é sócio, em uma operação que apurava suspeita de caixa dois no instituto de pesquisa ligado ao deputado Marcelo Nilo (Republicanos). A Justiça Eleitoral da Bahia anulou as ações.
Sidônio também é alvo de uma ação civil pública de improbidade movida pelo Ministério Público por contrato firmado em 2006 com a Câmara de Salvador. A defesa argumenta que os serviços foram devidamente prestados e que não há irregularidades.