REFORMA MINISTERIAL

Lula diz que já decidiu novo ministro das Relações Institucionais, mas não revelou o nome

Alexandre Padilha deixou o cargo para assumir o Ministério da Saúde após a demissão de Nísia Trindade

Por Ana Paula Ramos
Atualizado em 26 de fevereiro de 2025 | 18:13

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26) que já decidiu o nome do futuro ministro das Relações Institucionais, mas que só vai anunciar após conversar com o escolhido. A declaração foi dada a jornalistas, no Palácio do Planalto.

Alexandre Padilha deixa o cargo para assumir o Ministério da Saúde, no lugar de Nísia Trindade, demitida na terça-feira (25) pelo presidente. Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República destacou que Padilha seguirá para a pasta da Saúde no dia 6 de março. 

Médico infectologista, Padilha foi titular do Ministério da Saúde entre janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Na época, ele deixou o cargo para concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de 2014. Ele ficou em terceiro lugar na disputa, que teve o hoje vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como vitorioso. 

O nome de Alexandre Padilha foi defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seu amigo de longa data. Padilha atuou como secretário municipal de Saúde de 2015 a 2017, durante a gestão de Haddad na Prefeitura de São Paulo. A escolha de Lula também foi interpretada como uma vitória para Haddad.

O chefe da equipe econômica do governo “venceu” o ministro Rui Costa (Casa Civil), que buscava emplacar outros nomes para a pasta - entre eles o de Arthur Chiodi, que foi sucessor de Padilha na saúde na época de Dilma Rousseff. O ex-ministro também preferiu permanecer como presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

À frente da Secretaria de Relações Institucionais, Padilha enfrentou diversas críticas de parlamentares, especialmente por sua falta de habilidade política. O ápice ocorreu quando o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o chamou publicamente de "incompetente" e disse que não negociaria mais com ele.