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Apesar de esforços, Lula lidera Cúpula do Mercosul enfraquecido
Ebulição na América do Sul atrapalhou os objetivos do presidente da República

Durante o primeiro ano do seu terceiro mandato, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adotou uma postura diplomática e conciliadora nas relações exteriores, cumprindo uma série de compromissos internacionais que incluíram 21 viagens internacionais até o momento. Isso contrastou com a tendência de isolamento observada em seu rival político, Jair Bolsonaro (PL).
Um dos compromissos assumidos foi a presidência temporária do Mercosul, assumida durante no primeiro semestre e que chega ao fim nesta quinta-feira (7), concomitantemente com a liderança de Lula da Cúpula dos Chefes dos Estados Mercosul, realizada no Museu do Amanhã, na região central do Rio de Janeiro.
Este bloco, composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, tinha como um dos principais objetivos durante a gestão brasileira selar o acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia, um processo que se estende há mais de duas décadas. Contudo, o desfecho dessa negociação parece ficar para a próxima gestão do bloco, liderada pelo Paraguai.
Apesar dos esforços, o objetivo de fortalecer a integração enfrentou desafios significativos no cenário internacional, com a resistência do presidente da França, Emmanuel Macron. Na Cúpula desta quinta-feira, Lula reforçará que fez o possível para fechar o acordo ainda neste ano, mantendo sua postura de mediador, apesar do fracasso diplomático.
Ao mesmo tempo, o petista lidera a Cúpula do Mercosul em meio à posição distante e neutra que o governo tem adotado diante da crise entre Venezuela e Guiana. O presidente convocou na quarta-feira (6) uma reunião de emergência com o chanceler Mauro Vieira e o embaixador Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais, sobre a decisão de Nicolás Maduro em anexar parte da Guiana.
Além disso, a relação com o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, representa um desafio político e econômico para o governo de Lula. Milei, crítico do Mercosul, foi eleito derrotando Sérgio Massa, candidato apoiado pelo petista. Apesar disso, a equipe de Milei expressou apoio à conclusão do acordo comercial com a União Europeia.
(*) Enviada especial ao Rio de Janeiro