BRASÍLIA - A denúncia formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na noite desta terça-feira (18) contra Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado começa a mobilizar aliados em defesa do ex-presidente nas redes sociais.
O tom das primeiras postagens de integrantes do Partido Liberal, do qual Bolsonaro é presidente de honra, acusam o órgão que representa a União e fiscaliza o cumprimento da lei no Brasil de tomar uma decisão “absurda” e travar uma “guerra política” no país.
Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) tratou o relatório assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, como uma perseguição injusta que tenta silenciar os eleitores que apoiaram Bolsonaro em 2018 e em 2022.
“Isso não é justiça, é GUERRA POLÍTICA! Querem prender o maior líder da direita e calar milhões de brasileiros. Se acham que vamos aceitar de cabeça baixa, estão muito enganados! O Brasil NÃO é Cuba!”, escreveu ele ao marcar #Bolsonaro2026 na postagem.
🚨 ABSURDO! PGR denuncia Bolsonaro por “golpe de Estado”.
Isso não é justiça, é GUERRA POLÍTICA! Querem prender o maior líder da direita e calar milhões de brasileiros.
Se acham que vamos aceitar de cabeça baixa, estão muito enganados! O Brasil NÃO é Cuba! #Bolsonaro2026
Já o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), publicou um vídeo com o trecho de uma entrevista em que enaltece as qualidades de Bolsonaro e o compara ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não se pode matar uma ideia! A injustiça, o arbítrio e a perseguição não conseguirão calar o sentimento da população e o que o Presidente
@jairbolsonaro representa!! #FechadocomBolsonaro”, escreveu.
Minutos antes, Marinho havia divulgado uma nota dizendo que a denúncia da PGR não causa surpresa, mas coloca em dúvida seu o conteúdo. “Certos de sua inocência, esperamos com serenidade que a justiça seja feita e que, finalmente, sejam observados os princípios do juízo natural, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal”.
Até a publicação desta reportagem, apenas um dos filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), havia defendido publicamente o pai nas redes sociais. Na postagem, ele acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de “torturar” o ex-ajudante de ordens Mauro Cid para obter informações falsas e Paulo Gonet de agir contra a verdadeira função da PGR e decidir sem provas contra Bolsonaro.
“Mesmo depois de Alexandre de Moraes ter esculachado o Ministério Público Federal na fabricação dos inquéritos e torturado Mauro Cid para “delatar” o que não existiu, o PGR se rebaixa. Cumpre sua missão inconstitucional e imoral de atender ao fígado de Alexandre de Moraes e ao interesse nefasto de lula, que está nos seus últimos meses de presidência. Hoje tem comemoração dos destruidores da democracia em Brasília”, declarou.
A tentativa de golpe nos prédios públicos vazios virou uma denúncia vazia, que não tem absolutamente NENHUMA PROVA contra Bolsonaro.
Mesmo depois de Alexandre de Moraes ter esculachado o Ministério Público Federal na fabricação dos inquéritos e torturado Mauro Cid para “delatar”…
A reportagem de O TEMPO em Brasília tentou contato com o advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro, mas até a publicação dessa reportagem não obteve retorno.