-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Tarcísio, Valdemar e ex-ministros de Bolsonaro: saiba quem são os próximos a depor ao STF
-
Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato
-
Zema faz 30 ataques em 60 dias em narrativa contra Lula e o STF
-
Comitiva de Zema em El Salvador será paga pelo Estado
Dino arquiva caso sobre emendas envolvendo líder do PL após recuo da Câmara
Ministro do STF considera esclarecida fala de Sóstenes Cavalcanti e diz que não há apoio institucional à divisão irregular de recursos
BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino decidiu encerrar a análise sobre uma suposta negociação para divisão de emendas de comissão entre parlamentares, após considerar satisfatórias as explicações enviadas pela Câmara dos Deputados.
De acordo com Dino, a manifestação da Casa deixou claro que não há respaldo institucional para o alegado acordo mencionado por um dos líderes da oposição.
A polêmica teve início após declarações do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara, que, em uma entrevista, afirmou que haveria um acerto interno prevendo que 30% das emendas ficassem com o partido que preside o colegiado, enquanto os 70% restantes seriam distribuídos pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), às demais legendas.
O parlamentar ainda ameaçou romper com esse suposto arranjo caso Motta não colocasse em pauta um projeto que concede anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Questionado judicialmente, Sóstenes alegou que suas falas estariam protegidas pela imunidade parlamentar.
Diante da repercussão, o ministro Flávio Dino solicitou um posicionamento formal da Câmara dos Deputados. Em resposta, a instituição afirmou que as declarações de Sóstenes não têm “efeito normativo” e não refletem a posição institucional da Casa.
O texto enviado ainda reiterou que o Legislativo não ite acordos ou descumprimentos de acordos que contrariem o Plano de Trabalho aprovado pelo plenário do STF.
"Acolho as explicações da Câmara dos Deputados sobre a ausência de e institucional ao anúncio do Exmo. Deputado Sóstenes Cavalcante", afirmou Dino, destacando que a Casa reafirmou seu compromisso com os trâmites legais e institucionais.
Com isso, o STF considera esclarecida a controvérsia e descarta, por ora, a necessidade de novas medidas judiciais sobre o tema.