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Anunciado líder da oposição, Zucco diz que PL da Anistia entrou em acordo por candidatura de Motta
O deputado do PL anunciou que a proposta que trata sobre a contagem pública dos votos nas eleições - por meio físico - será uma das prioridades em 2025
BRASÍLIA - O deputado federal Zucco (PL-RS) foi anunciado, na manhã desta quarta-feira (18), novo líder da oposição na Câmara. Ele atuará na função em 2025. Zucco substituirá o deputado Filipe Barros (PL-PR).
O anúncio oficial foi feito em um pronunciamento organizado por cerca de 20 parlamentares da oposição na Câmara. Na ocasião, o grupo não economizou em discursos contrários, especialmente, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes.
Zucco declarou que há um cenário de “parlamentares ameaçados, que ao invés de se preocupar com projetos e entregas, estão preocupados com sua segurança, seu mandato”.
“Em 2025, a meta é fortalecer ainda mais os nossos princípios e valores de Deus, pátria, família e liberdade. Nós mostramos em 2024 que a maioria dos brasileiros é conservadora. O sistema tem que entender que a maioria dos brasileiros vota com a gente”, completou.
Zucco afirmou que o avanço do projeto de lei que anistia envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 entrou na articulação para a eleição para a sucessão do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O PL, partido do novo líder, declarou apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB).
O texto perdoa pessoas que já foram condenadas ou enfrentam processos judiciais pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. O tema chegou a ser debatido neste ano, mas travou depois que Lira anunciou, em outubro, a criação de uma comissão especial para análise da proposta. O colegiado ainda não saiu do papel, mas continua sendo uma pauta prioritária para a oposição.
“Nós vamos trabalhar em 2025 o que foi apalavrado em relação à anistia. Inclusive, a oposição está apoiando a candidatura em cima do que foi apalavrado em relação à anistia”, frisou Zucco.
Outra pauta que será financiada pela oposição no próximo ano, de acordo com os parlamentares, será a contagem pública dos votos nas eleições. “Vamos trabalhar de forma responsável, porque isso é democrático, a contagem pública dos votos, necessária”, afirmou.
Na última semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a adoção do voto impresso através da recontagem física de voto. O texto, que seguiu para o plenário da Câmara, propõe que o eleitor continue a votar na urna eletrônica, mas prevê que, em seguida, haverá a impressão de um registro do voto, que seria guardado em uma urna lacrada.
Encerrado o período de votação, os registros impressos dos votos seriam conferidos na seção eleitoral, e os resultados comparados com o boletim que é emitido pela urna. Essas versões impressas ainda permaneceriam disponíveis por um ano para eventuais recontagens.
A pauta vai na contramão de um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2014, derrubou a possibilidade de impressão do voto nas eleições. Na ocasião, os ministros argumentaram que a mudança colocaria em risco o direito ao voto secreto.