DESONERAÇÃO

Pacheco garante acordo e diz que desoneração da folha será votada nesta terça em plenário 523ly

Na semana ada, medida foi retirada da pauta por falta de consenso sobre aumento de imposto 5e5q1k

Por Ana Paula Ramos
Atualizado em 20 de agosto de 2024 | 18:22
 
 
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o plenário da Casa deve votar nesta terça-feira (20) o projeto de desoneração da folha de pagamento Foto: Edilson Rodrigues / Senado Federal

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o plenário da Casa deve votar nesta terça-feira (20) o projeto de desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores e municípios. O projeto já havia entrado na pauta na semana ada, mas faltava um acordo sobre o aumento de tributação em relação ao Juros sobre Capital Próprio (J). A votação da matéria foi adiada a pedido do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).  


“É a materialização de um acordo entre governo federal, Congresso Nacional, 17 setores da economia e municípios brasileiros. Então é muito importante cumprir esse acordo. E as compensações contidas há, inclusive aumento do Imposto de Renda de 15% para 20% sobre Juros de Capital Próprio (J), que é um tema que certamente vai ser debatido no plenário e vamos buscar o entendimento da maioria”, disse.  


Segundo o presidente do Senado, o relatório de Jacques Wagner será votado nesta terça-feira. O petista apresentou substitutivo ao projeto do senador licenciado Efraim Filho (União-PB), que tem como objetivo atender acordo firmado entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional sobre a Lei 14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração até o final de 2027. Um dos temas polêmicos desse texto é o aumento no J. 


A medida é importante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantir o cumprimento da meta de déficit zero deste ano com medidas de compensação para a renúncia fiscal decorrentes da desoneração. No entanto, Rodrigo Pacheco rechaçou a necessidade de aumento de impostos para compensação de desoneração da folha. 


“Antecipar aumento de impostos tendo na mesa uma série de alternativas a compensação da desoneração da folha acho que não é razoável, não é necessário ter esse desgaste nesse momento com aumento de imposto”, apontou.  


Segundo ele, o Senado apresentou instrumentos de compensação ao Ministério da Fazenda que preveem a remuneração ao longo do tempo, e não apenas no período de quatro anos, o que reduziria o impacto financeiro e orçamentário. 


“Estou muito confiante nesses programas, especialmente o de atualização de valores de ativos. Programa extraordinário para o Estado brasileiro. Temos que acreditar em fontes de arrecadação que sejam sustentáveis e que não sejam simplesmente um aumento de alíquota ou uma incidência maior de carga tributária sobre o contribuinte”, avaliou Pacheco.