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Motta reúne líderes dos partidos da Câmara com expectativa de concluir distribuição das comissões
Líderes e bancadas intensificaram reuniões entre segunda (10) e quarta-feira (12); opção do PL pela Comissão de Relações Exteriores gerou indisposição na Câmara
BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende encerrar a distribuição das comissões permanentes durante reunião com os líderes partidários nesta quinta-feira (13). A perspectiva é que as articulações costuradas nos últimos dias sejam concluídas, e os partidos saiam do encontro com as definições sobre quais comissões herdarão em 2025.
A princípio, o PL, maior partido da Câmara, se encarregará das presidências das comissões de Relações Exteriores e da Saúde. A legenda ainda pretende manter a Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Alberto Fraga (PL-DF) em 2024.
O PT do líder Lindbergh Farias (RJ) assumirá a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, avaliada como estratégica para blindar ministros de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e também pleiteia outros colegiados — entre eles o da Educação, que, entretanto, até a noite de quarta-feira (12), seria destinado a outro partido.
A principal comissão da Câmara, a de Constituição e Justiça, deverá ser entregue ao MDB ou ao União Brasil. Os dois partidos também disputam a relatoria-geral do Orçamento 2026.
Comissão de Relações Exteriores gera indisposição, e PT ainda procura acordo para vetar Eduardo Bolsonaro
Irredutível, a bancada do PL não abdicará da Comissão de Relações Exteriores, e o desejo do partido é que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma a presidência do colegiado em eleição na terça-feira (18), quando as comissões serão instaladas.
O líder do PT, Lindbergh Farias, ainda negocia meios para impedir Bolsonaro na presidência da comissão.
Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e a retenção do aporte dele por definição da Justiça Brasileira, Eduardo é o principal representante do pai no circuito da direita nos Estados Unidos, na América do Sul e na Europa.
Ele lidera um ataque da oposição brasileira em território norte-americano à caça de apoio para Jair Bolsonaro contra as ações que ele enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF). Internamente no partido, Eduardo Bolsonaro é cotado para substituir o pai na eleição de 2026.
O Partido Liberal detém a maior bancada da Câmara dos Deputados com 93 parlamentares. Um acordo firmado no início da legislatura garante que o partido com mais representatividade seja o primeiro a pedir a comissão que preferir no início de cada ano — o acordo também prevê, por exemplo, uma rotatividade para evitar que um partido ocupe uma comissão por mais de um ano.
O primeiro a pedir é, portanto, o PL. Neste ano, o partido mirou diretamente a Comissão de Relações Exteriores. E é por isso que a derrota do PT é tratada como certa e irreversível. Os governistas articulam, agora, estratégias para cortar Eduardo Bolsonaro do colegiado.