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Haddad diz que vê Bolsonaro por trás das fake news do Pix
Vídeos começaram a circular na internet afirmando que a Receita Federal começaria a taxar transferências feitas por Pix
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que vê o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por trás das notícias falsas divulgadas sobre tributação do Pix. Ele citou um vídeo divulgado nas redes sociais pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que teria sido financiado pelo PL, com a participação do marqueteiro do partido Duda Lima.
“Tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso. O PL financiou o vídeo do Nikolas. O Duda Lima produziu. Bolsonaro tem bronca da Receita Federal que descobriu o caso das joias, abriu investigação das rachadinhas e dos mais de 100 imóveis comprados pela família Bolsonaro sem renda compatível. Os Bolsonaros têm bronca da Receita Federal. Ficaram com lupa em atos burocráticos da Receita para combate ao crime organizado, crimes cibernéticos”, disse, em entrevista à CNN.
Após a repercussão, o ato normativo da Receita Federal que ampliava a fiscalização de operações financeiras foi revogado por decisão do governo federal, na quarta-feira (15). Além disso, a AGU pediu que a Polícia Federal investigue os responsáveis pela disseminação de fake news relacionadas ao Pix.
Na entrevista desta sexta, Haddad ainda afirmou que “nunca tinha visto tanta agressão ao Estado brasileiro” e negou que será candidato em 2026.
"Adotei um discurso político esta semana por causa da agressão do bolsonarismo ao Estado brasileiro, a um órgão do Estado. Isso me indigna porque construir um Estado não é fácil. Construir um Estado digno da população não é simples. E quando você retrocede nisso, é muito grave. Ele não é um adversário político, é um inimigo do povo”, disse.
Embate com governador de Minas Gerais continuou
Durante a entrevista à CNN, o ministro da Fazenda também voltou a criticar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que reclamou dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).
Haddad reafirmou que o mineiro "esconde a verdade" e citou reunião em que governador apresentou proposta para a renegociação das dívidas “bem menor que a aprovada". Mais cedo, Haddad rebateu declaração do governador mineiro de que “estava fazendo dever de casa” e escreveu em suas redes sociais que, no primeiro mandato de Zema, a dívida pública de Minas cresceu 33%.