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Dino determina que parlamentares apresentem emendas apenas para Estados em que foram eleitos
Em audiência de conciliação, ministro definiu regras de transparência para o fim do orçamento secreto
BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou nesta quinta-feira (1º) que deputados federais e senadores só poderão destinar emendas para o Estado - ou município do estado - pelos quais foram eleitos. A exceção vale para projetos de alcance nacional cuja execução ultrae os limites regionais em que foi eleito.
A decisão foi anunciada em audiência de conciliação em que se discutiu o cumprimento da transparência na destinação das emendas parlamentares do Congresso Nacional. Em dezembro de 2022, o Supremo concluiu o julgamento em que foi decretada a inconstitucionalidade do chamado “orçamento secreto”.
Ao se reunir com representantes do Executivo, do Legislativo e de órgãos de transparência nacional e internacional, nesta quinta-feira, Flávio Dino determinou também que restos a pagar referentes às emendas RP 9 - de relator - e RP8 - de comissões - somente sejam pagos pela União mediante prévia e total transparência e rastreabilidade do processo.
Ficou acertado também que as Organizações não Governamentais (ONGs) respeitem procedimentos objetivos de contratação e observem os deveres de transparência e rastreabilidade quando forem as executoras de recursos de emendas, independente da modalidade.
Dino é o relator da ação do PSol que questionou no STF a continuidade da prática do orçamento secreto. Participaram da audiência representantes do Executivo, do Legislativo, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público. Uma reunião técnica para o cumprimento integral do acórdão ficou agendada para a próxima terça-feira (6).
O ministro deu ainda o prazo de 30 dias para o Executivo e o Legislativo complementarem informações e que, no mesmo período, seja feita prova técnica pela CGU. Em 90 dias, o órgão também deverá apresentar uma auditoria em todos os rees parlamentares e as ONGs e entidades deverão informar os valores recebidos.