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Filhos de vítimas da ditadura, Ivo Herzog e Hildegard Angel assistem julgamento de Bolsonaro no STF
Juntos de outros familiares, os dois acompanham a sessão na primeira fila do plenário da Primeira Turma, a menos de 10 m de onde está sentado o ex-presidente
BRASÍLIA - Familiares de dois dos maiores símbolos da luta contra a ditadura no Brasil acompanham, presencialmente, nesta terça-feira (25), o julgamento das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por participação em um suposto plano de golpe de Estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022.
Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, e Hildegard Angel, filha da estilista Zuzu Angel, estão sentados na primeira fila do plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Hildegard Angel mora no Rio e está em Brasília acompanhada do marido, o engenheiro Francis Bogossian. A mãe Zuzu Angel morreu na madrugada de 14 de abril de 1976, quando seu carro caiu da Estrada da Gávea, na saída do Túnel Dois Irmãos.
Vítima da perseguição ditatorial do regime militar, a estilista era mãe do militante Stuart Edgard Angel, torturado e morto pelo mesmo regime ditatorial brasileiro.
À reportagem de O TEMPO em Brasíli a, Hildegard falou sobre a representação da sua presença no plenário, durante o julgamento da denúncia. “Alertar que nós não podemos de novo relevar, como na ditadura em que foram todos anistiados”.
Segundo ela, a presença de Bolsonaro não a constrange e foi um gesto calculado pela defesa do ex-presidente. “Ele foi orientado a vir para mostrar a convicção da sua inocência. Isso não abala”, diz ela, que disse ter gostado da fala do procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco.
Vladimir Herzog teve morte forjada como suicídio
No ano em que se completam 50 anos da morte do pai, em 25 de outubro, Ivo assiste a sessão ao lado do filho Ivo, neto de Vlir. O jornalista foi assassinado em uma cela das dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (antigo Doi-Codi),em São Paulo.
O órgão de repressão e espaço da prática de torturas à época do regime militar, forjou o atestado de óbito de Herzog como “suicídio”, o que desmentido anos depois.